terça-feira, 22 de janeiro de 2013


Bruno Mars: "É natural que suas influências apareçam na sua música"


Bruno Mars cedeu uma entrevista ao site argentino Clarín.com em Los Angeles, na qual Mars falou sobre suas influências musicais, e comparações com The Police, e que até gostaria de gravar um CD em espanhol.


Com o single "Locked Out Of Heaven" leva seis semanas no número um do ranking dos EUA. Quem é esta estrela pop que veio do Havaí para ser apreciado por todos, com um som que lembra tanto Jackson e The Police?

Você sente falta de sua cidade natal, Havaí?
Sinto falta da praia. Há três meses atrás, eu fui visitar minha mãe, e lhe comprei uma casa. Agora paro lá quando vou. Todo mundo está tão feliz com sua vida e tão agradecidos de poder desfrutar a praia, de estar com suas famílias. Mas aqui e Los Angeles, todos estão trabalhando duro para tentar ser alguém.

Seu pai era um percussionista latino de Brooklyn, e suas raízes estavam em Porto Rico, certo?
Ele cresceu nos anos 50 e 60, amando o Doo Wop e a alma de Motown. Eu falava um pouco de espanhol com a minha avó porto-riquenha, então agora que comecei a viajar para esses lugares, estou tentando se conectar com as minhas verdadeiras raízes.

Você cresceu imitando Elvis e Michael Jackson em um show de família. Qual era mais difícil de interpretar?
Os dois são incríveis. Eu era muito jovem, assim não me saiam muito bem (risos). Eu nunca soei com Elvis. Mas com Michael é diferente: sinto que ele posicionou o teto bem alto. Não importa que gênero fazemos, todos nós devemos aspirar a ser como Michael Jackson, pela atenção aos detalhes que ele fazia. Tudo isso fez dele icônico: a luva, o chapéu, a dança, os vídeos... Ele deixou sua marca no mundo inteiro.

Por que você usa chapéu fedora? Para deixar sua marca?
Não, eu uso porque meu cabelo está sempre uma bagunça (risos).

Por que você diz que sua música é heterodoxa?
É um negócio, o da música, e isso tira toda a diversão. Não acho que eu tenha assinado para isso. Eu quero me sentir livre para entrar em um estudo e escrever o que eu gosto, o que me vier na hora. É importante manter esse status de escrever o que eu gosto. E também para tocar todos os instrumentos: guitarra, bateria e piano.

Há uma música no álbum que se chama When I Was Your Man, e eu estou apenas sentado ao piano cantando uma canção.

Dizem que seu single (Locked Out of Heaven) soa muito parecido com The Police, que se refere a “Roxanne”. O que você acha dessa crítica?
Quando estava crescendo, sempre escutava Michael Jackson, The Police, Led Zeppelin, Stevie Wonder, Freddie Mercury. Essas são as músicas que me faziam querer cantar. Eu costumava tocar e cantar muitas músicas de The Police em bandas, e depois como compositor e produtor, sempre quis fazer música assim. Porque você vê a reação em uma canção como "Roxanne", você vê a altura do primeiro solo, os rostos das pessoas se iluminam. É natural que suas influências apareçam na sua música, porque você tem cantado essas canções por tanto tempo.

O que você escuta agora?
De The Beach Boys para algo mais recente como Kanye West: eu admiro o fato de que ele evolui a cada álbum. É importante assegurar a longevidade com mudanças para um artista. Você está sempre aprendendo, fazendo coisas novas. Eu escrevi Just the Way You Are e Grenade, e eu vou estar cantando essas músicas até eu morrer. Então eu tento ir a um estúdio e ficar animado tentando fazer novos sons. Por isso Locked Out of Heaven soa tão diferente do que costumam ouvir. Eu também escuto músicos latinos, José Feliciano, Santana. Minha mãe é fã de Gloria Estefan, então eu escuto bastante esse gênero. Na minha juventude, Tito Puente foi uma grande influência para mim.

Você vai fazer um álbum em espanhol?
Eu adoraria: Eu amo música latina. Mas tudo o que faz tem que ser orgânico. Não tome isso como algo que tem a ver com o negócio e entrar no mercado latino. Se a oportunidade chegar, se eu estou na Argentina com uma guitarra e alguém me ensina uma palavra em espanhol que eu possa colocar em uma música, então talvez eu faça.

O que se pode esperar da turnê que te levará para a Argentina?
Agora, que comecei a turnê, eu adorei. Uma coisa é comprar a música e outra é ver o artista interpretar ela ao vivo, por isso Michel Jackson era o melhor. Eu quero que quando as pessoas ouçam o álbum e queiram ir ver ao vivo, sabendo que eu vou dar um bom show.



Matéria por: Clarín.com

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